ECMO NO TRANSPLANTE PULMONAR
DOI:
https://doi.org/10.63483/rp.v33i4.290Palavras-chave:
ECMO no transplante pulmonar, ECMO pré-operatório, ECMO intraoperatório, ECMO pós-operatórioResumo
O uso da oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) no campo do transplante pulmonar vem expandindo nos últimos anos. Nos centros especializados, virou uma ferramenta indispensável no intraoperatório, nos pacientes mais graves como ponte para o transplante e também uma grande auxiliar no manejo pós-operatório. Essa ferramenta pode ser ajustada e adaptada em diversas configurações para diferentes necessidades no manejo do paciente. A Ecmo venoarterial (V-A) ou venovenosa (V-V) e suas derivações mistas/híbridas podem prover suporte hemodinâmico e/ou respiratório nos pacientes com doença pulmonar avançada.
Pode-se tratar, por exemplo, uma hipercapnia grave no primeiro momento do transplante, instalando ECMO V-V e, durante a fase de clampeamento da artéria pulmonar do receptor, transformar para um sistema ECMO V- A central, seja por instabilidade ou para proteção do enxerto contralateral. A ECMO, além de desempenhar papel fundamental no intraoperatório, é utilizada no tratamento das complicações agudas pós-operatórias como a disfunção primária do enxerto (PGD). Devido a essa versatilidade do sistema ECMO e à possibilidade de utilização do dispositivo por tempo mais prolongado, tanto no pre operatório, intraoperatório e suporte no pós-operatório, a ECMO ganhou esse espaço fundamental. Nesse contexto, vamos discutir a ECMO e o seu papel no transplante pulmonar nessas 3 fases.


