ANÁLISE DO PREJUÍZO ECONÔMICO DO TABAGISMO NO BRASIL
Palavras-chave:
Brasil, Tabagismo, Indústria do Tabaco, Gastos em SaúdeResumo
INTRODUÇÃO: No Brasil, 9,3% da população adulta, apresenta na sua vida a prática do tabagismo, sendo essa, a causa para anualmente acometer 161 mil mortes e 1 milhão de adoecimentos por ano. O tabagismo é o principal fator de risco totalmente evitável e responsável por inúmeras doenças como: Acidente Vascular Cerebral, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, Câncer de Pulmão e diversos outros tipos de cânceres. Para além do impacto clínico, as consequências socioeconômicas são expressivas, manifestando-se pela perda prematura de anos de vida produtiva e por um ônus substancial ao sistema de saúde, que arca com os elevados custos do manejo das doenças atribuíveis ao tabaco. OBJETIVO: Expor sobre o impacto econômico negativo acumulado com as consequências do tabagismo no Brasil. METODOLOGIA: Estudo descritivo utilizando dados disponíveis publicamente do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e do Ministério da Saúde do ano de 2019 a 2025. RESULTADO: Segundo a OMS, o Brasil tem perdas substanciais na economia por causa do tabagismo e isso é reforçado, através de uma pesquisa do INCA em 2019, levantou os lucros das empresas de tabaco, que somam mais de R$30 Bilhões anuais, em contrapartida houve uma arrecadação em impostos de aproximadamente R$8 Bilhões por parte da União. Contudo, isso demonstra apenas um lado da história, um estudo mais aprofundado intitulado, “A Conta que a Indústria do Tabaco Não Conta” calculou em 2025 que o prejuízo que a indústria do tabaco gera aos cofres públicos é equivalente a 1,5% do PIB, representando R$ 153,5 bilhões anuais para o país e deste o maior impacto é devido à diminuição de produtividade de dois grupos de trabalhadores, que são, os cuidadores informais (familiares) e os que sofreram mortes prematuras e perdem anos de vias produtivos, o que representa, no valor total, uma parcela importantíssima de R$86,3 Bilhões. CONCLUSÃO: A fim de mitigar esse cenário, em 2024, foi realizado o Decreto nº 12.127/2024, que aumenta os impostos de 30% para 50% ao maço, porém mesmo o Brasil sendo considerado o país mais eficientes no combate ao tabaco, pela The Tabacco Atlas em 2025, até mesmo com a recente aprovação da nova tributação do tabaco, se for somando tudo que a União arrecada dos impostos com o tabaco, com todos os seus gastos com os cuidados do paciente tabagista e comparar com o lucro da indústria tabágica, a cada R$1 de lucro da indústria do tabaco, o Brasil tem um gasto de R$5 com doenças causadas pelo fumo. Em síntese, o Brasil apresenta perdas econômicas substanciais de R$153,5 bilhões devido à queda de produtividade e os custos do tratamento. Portanto, o tabagismo mantém-se como desafio crítico de saúde pública e econômica, tornando indispensável o fortalecimento contínuo de políticas preventivas e tributárias que reduzam o seu impacto sobre a sociedade.


