ANÁLISE EXPLORATÓRIA DE DESEMPENHOS EM TESTE DE CAMINHADA DOS 6 MINUTOS E O TESTE DE MARCHA ESTACIONÁRIA DE PACIENTES COM FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA

Resumo

Introdução: A fibrose pulmonar idiopática (FPI) é a doença pulmonar crônica caracterizada por fibrose progressiva e irreversível do parênquima pulmonar, resultando na redução da função respiratória. Para elaboração de um programa fisioterapêutico especializado, a literatura oferece  testes simples e os que exigem mais equipamentos e infraestrutura. O teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) é uma ferramenta validada e amplamente utilizada, proporcionando uma estimativa do consumo de oxigênio, associada ao desempenho físico e à funcionalidade do indivíduo. O teste de marcha estacionária de 2 minutos avalia condicionamento físico e resistência aeróbica. Durante o teste, o paciente deve marchar imóvel por dois minutos, elevando o joelho, e o principal resultado é o número de passos. A necessidade de avaliar indivíduos em ambiente sem a estrutura mínima que o TC6 exige, se faz necessário estudar a possibilidade do uso do TME como uma alternativa prática, uma vez que pode ser realizado mantendo o paciente em um mesmo local.  Objetivo: Descrever os desempenhos em TME (Teste de Marcha Estacionária de 2 minutos) e TC6 (Teste de Caminhada de 6min).  Métodos: O grupo foi composto por sete pessoas (três mulheres), tendo sido avaliadas Altura Referência (69,86 ± 2,97 cm), Elevações (81,14 ± 31,79 repetições) e TC6 (380,86 ± 144,45 m). As correlações de Pearson e Spearman foram estimadas (alfa = 0,05), conforme a classificação das variáveis em contínuas ou ordinais. Posteriormente, avaliou-se a dependência (covariância) entre aquelas obtidas por aferição. Covar(Altura Referência, TC6) = 220,41 foi elevada sugerindo dependência, porém a ordem de grandeza foi similar aos dados de TC6, o que pode indicar influência do acaso. As correlações foram médias, TC6 x Altura Referência com r = 0,60 (valor-p = 0,15) e TC6 x Elevações com pi = 0,68 (valor-p = 0,27). A análise conjunta dos resultados originou a hipótese de que haveria: 1) relação entre as variáveis, não revelada, possivelmente, pelo pequeno número de pacientes; ou 2) grupos distintos de pacientes.    Conclusão: Nos grupos avaliados as relações entres variáveis não eram significativas, não obstante a possível dependência entre as contínuas.