FRAGILIDADE EM PACIENTES COM DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS
DESEMPENHO NO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS É MAIS EFETIVO NA ESTRATIFICAÇÃO FUNCIONAL
Keywords:
Fragilidade, Capacidade funcional, Doenças respiratórias crônicasAbstract
Introdução: As doenças respiratórias crônicas estão associadas à fragilidade, afetando negativamente a funcionalidade e a qualidade de vida. Entender essa relação é fundamental para direcionar pesquisas e avanços no tratamento dessa população. Objetivo: Avaliar o perfil funcional de pacientes com doenças respiratórias crônicas classificados como frágeis. Métodos: Estudo clínico transversal realizado no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ (CAAE 58600122500005257, CAAE 69648323200005257 ), no qual foram recrutados 26 pacientes com doenças respiratórias crônicas (doença pulmonar obstrutiva crônica, n=19; doença pulmonar intersticial, n=7), classificados como: não frágeis (NF = 15 %), pré frágeis (PF = 38 %) e frágeis (F = 46 %) de acordo com o Simple Frailty Questionnaire. Foram avaliados: Mini exame do estado mental, teste de caminhada e do degrau de seis minutos (TC6M e TD6M), escala de dispneia do Medical Research Council modificado, Fatigue severity scale, Saint George's Respiratory Questionnaire e Depression Anxiety and Stress Scale. Resultados: Pacientes frágeis apresentaram pior desempenho no TC6M (p=0,04), sem diferença estatisticamente significativa no TD6M, e menor força de preensão manual comparados àqueles com pré-fragilidade (p=0,04). Houve forte correlação positiva entre o TC6M e TD6M nos indivíduos do grupo F e PF (r=0,80 e 0,77; p<0,01 e p<0,05, respectivamente). A dispneia e fadiga não diferiu entre os grupos PF e F, e a qualidade de vida foi igualmente reduzida. Sintomas de depressão tiveram correlação negativa com a força de preensão manual. Conclusão: Os resultados mostraram alta prevalência de estados de fragilidade em indivíduos com doenças respiratórias crônicas e essa interação está associada com a redução da capacidade funcional e força muscular. Os resultados sugerem também que o TC6M pode ser mais sensível para diferenciar os níveis de capacidade funcional entre esses dois estágios de fragilidade no contexto dessa população.


