MUDANÇAS FUNCIONAIS E HISTOLÓGICAS NO CÉREBRO E NO PULMÃO DURANTE A HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR EXPERIMENTAL

Autores

  • Victória Marques Barbosa UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
  • Sâmilla Bianca Rodrigues Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
  • Cynthia dos Santos Samary UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
  • Pedro Leme Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
  • Renata Trabach Santos UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
  • Isadora Antunes Botelho UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
  • Samantha Silva Christovam UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
  • Nazareth de Novaes Rocha UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Palavras-chave:

hipertensão arterial pulmonar, declínio cognitivo, memória, ansiedade

Resumo

Introdução: A hipertensão arterial pulmonar (HAP) é caracterizada por um aumento da resistência vascular pulmonar (RVP), o que causa sobrecarga de pressão no ventrículo direito (VD) e pode levar à insuficiência cardíaca e à morte. Pessoas com HAP frequentemente apresentam ansiedade, depressão e deterioração cognitiva, e a literatura atual foca na redução da oferta de oxigênio ao cérebro. No entanto, os pulmões podem interagir com o cérebro por diversos mecanismos, especialmente sob condições patológicas. Nesse contexto, o presente estudo busca avaliar o comportamento neurológico e a histologia cerebral, bem como a função cardíaca durante a indução da HAP induzida por monocrotalina (MCT). Métodos: Vinte e quatro animais foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: controle (n=10) e HAP (n=14) (CEUA 08/22). O grupo HAP recebeu 60 mg/kg de monocrotalina por via intraperitoneal, enquanto o controle recebeu solução salina (0,35 ml). No 14º dia, foram realizados teste de campo aberto, reconhecimento de objetos (RO) e ecocardiografia. No dia seguinte, os animais passaram pelo teste do rotarod. No 16º dia, a medida invasiva da pressão sistólica do VD (PSVD) foi feita, seguidas por exsanguinação e cérebro e pulmões foram coletados para análise histológica. Resultados: No 14º dia, o índice PAT/PET foi menor no grupo HAP em relação ao controle (0,28±0,03 vs. 0,43±0,05; p=0,001). A PSVD (29±5 mmHg vs. 22±4 mmHg; p<0,001) e o índice de hipertrofia do ventrículo direito (HVD) (0,51±0,15 vs. 0,22±0,06; p=0,001) foram maiores no grupo HAP. No teste do rotarod, não houve diferença entre os grupos (175±90 vs. 194±90; p=0,6142), sugerindo preservação da função motora. No campo aberto, o grupo HAP percorreu menor distância total (23±6 m vs. 35±9 m; p=0,008). Conclusão: Nossos dados sugerem que, no presente modelo de HAP, além das alterações cardíacas inerentes ao modelo, observamos um comprometimento neurológico, uma vez observada uma tendência à menor discriminação de objetos, apontando para envolvimento do sistema nervoso central na progressão da condição.

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Publicado

2025-11-12

Como Citar

Marques Barbosa, V., Rodrigues Silva, S. B., dos Santos Samary, C., Leme Silva, P., Trabach Santos, R., Antunes Botelho, I., … de Novaes Rocha, N. (2025). MUDANÇAS FUNCIONAIS E HISTOLÓGICAS NO CÉREBRO E NO PULMÃO DURANTE A HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR EXPERIMENTAL. Revista Pulmão, 33(3), 1. Recuperado de https://revistapulmaorj.sopterj.com.br/index.php/ojs/article/view/117

Edição

Seção

Suplementos PNEUMO-IN-RIO 2025