PAPEL DA ENDOSCOPIA RESPIRATÓRIA NO DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS LINFOPROLIFERATIVAS
Keywords:
Endoscopia respiratória, Linfoma, DiagnósticoAbstract
INTRODUÇÃO: Doenças linfoproliferativas frequentemente se manifestam como alterações pulmonares ou mediastinais. Os avanços nas técnicas broncoscópicas minimamente invasivas, como o ultrassom endobrônquico (EBUS) e a criobiópsia, têm aprimorado a capacidade de obtenção de amostras teciduais adequadas, permitindo diagnóstico preciso e manejo apropriado. OBJETIVO: Descrever casos em que alterações na tomografia computadorizada (TC) de tórax foram, ao final, diagnosticadas como linfoma por meio de abordagem endoscópica respiratória em um centro de saúde público no Brasil. MÉTODOS: Esta análise retrospectiva incluiu pacientes com diagnóstico confirmado de linfoma após broncoscopia ou EBUS linear. Dados demográficos, achados tomográficos e desfechos dos procedimentos foram obtidos do banco de dados hospitalar. RESULTADOS: Um total de 11 casos foi analisado. O diagnóstico foi estabelecido em cinco pacientes por biópsia transbrônquica guiada por EBUS radial, em quatro por biópsia convencional com pinça, e em um por criobiópsia. Seis pacientes foram diagnosticados após EBUS linear: quatro por aspiração transbrônquica com agulha (EBUS-TBNA) e dois por criobiópsia mediastinal transbrônquica (EBUS-TBMC). A média de idade dos pacientes foi de 45 anos (intervalo: 24–83). Os achados tomográficos incluíram massas pulmonares (3 casos), consolidações pulmonares (2), massas mediastinais (3) e linfadenomegalias mediastinais (3). Os diagnósticos finais incluíram linfoma de Hodgkin (8 casos) e linfoma não Hodgkin (3 casos). Não foram observadas complicações graves. CONCLUSÃO: Técnicas avançadas de endoscopia respiratória minimamente invasiva oferecem uma abordagem segura e eficaz para o diagnóstico de neoplasias hematológicas que se apresentam como alterações pulmonares ou mediastinais. A combinação de EBUS linear e criobiópsia mostra-se promissora para superar limitações relacionadas à amostragem tecidual insuficiente, permitindo diagnóstico preciso e subtipagem dos linfomas.


