A EFICÁCIA DA VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA ASSOCIADA A INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA TIPO II

UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores

  • Giovanna de Oliveira da Silva Centro Universitário IBMR
  • Pedro Daher de Pinna dos Santos Centro Universitário IBMR
  • Eduarda Martins de Faria Centro Universitário IBMR
  • Carlos Eduardo Alves da Silva Centro Universitário IBMR
  • Angélica Dutra de Oliveira Centro Universitário IBMR
  • Cícero Luiz de Andrade Centro Universitário IBMR
  • Leonardo Pereira Motta Centro Universitário IBMR

Palavras-chave:

Ventilação não invasiva, Doença pulmonar obstrutiva crônica, Insuficiência respiratória aguda

Resumo

Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) se caracteriza pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo e perda progressiva da função pulmonar, geralmente associada à uma resposta inflamatória dos pulmões. Esses pacientes podem evoluir para insuficiência respiratória aguda tipo II (IRpA-II), caracterizada pela ineficiência na ventilação alveolar, favorecendo uma limitação na independência respiratória. Estudos indicam a ventilação não invasiva (VNI) como uma alternativa de suporte respiratório para estes pacientes, minimizando o esforço ventilatório. Objetivo:  Esse estudo visa avaliar a eficácia da VNI em pacientes DPOC evoluídos para IRpA-II. Métodos:  Essa revisão sistemática foi desenvolvida de acordo com o método PRISMA, registrada no PROSPERO (CRD4220251033039) com base em artigos pesquisados nos bancos de dados PubMed, Lilacs, Bireme Medline, Science Direct, Scielo, Cochrane Library e PEDro. As buscas foram realizadas nas línguas inglesa e portuguesa, com filtro de data inicial entre os anos de 2023/2025. As características de distribuição da amostra foram verificadas pelo Shapiro-Wilk Test. Para as análises não paramétricas, utilizou-se o Paired Sample Wilcoxon Signed Rank Test, e para as paramétricas o Pair-Sample t-Test. Os resultados são demonstrados por média±desvio padrão (DP). Resultados:  Obteve-se um número de 280 pacientes, 175 do sexo masculino e 105 do sexo feminino, com média de idade de 68,31±2,79 anos, avaliados no período de pré e pós-intervenção. Após a utilização da VNI, observou-se melhora em alguns parâmetros gasométricos. O pH aumentou de 7,28 ± 0,07 para 7,36 ± 0,03 após a intervenção (p = 0,5), indicando uma tendência à correção da acidose, embora sem significância estatística. A PaCO₂ apresentou redução significativa, de 57,54 ± 14,49 mmHg para 51,70 ± 12,49 mmHg (p = 0,02), indicando maior eficiência na liberação do dióxido de carbono e, consequentemente, na hematose. Em relação à PaO₂, observou-se um aumento de 94,58 ± 60,70 mmHg para 106,56 ± 73,09 mmHg (p = 0,25), demonstrando uma tendência à melhora da oxigenação, porém sem diferença estatisticamente significativa. Conclusão:  A aplicação da VNI demonstrou impacto positivo na hematose pulmonar dos pacientes, evidenciado pela redução significativa da PaCO₂. Embora o aumento do pH e da PaO₂ não possua significância estatística, os dados sugerem uma tendência à melhora do equilíbrio ácido-base e da oxigenação. Desta forma, esses achados sugestionam que a VNI pode contribuir para a estabilização dos parâmetros gasométricos, especialmente no controle da hipercapnia em pacientes DPOC evoluídos para IRpA-II.

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Publicado

2025-11-12

Como Citar

de Oliveira da Silva, G., Daher de Pinna dos Santos, P., Martins de Faria, E., Alves da Silva, C. E., Dutra de Oliveira, A., de Andrade, C. L., & Pereira Motta, L. (2025). A EFICÁCIA DA VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA ASSOCIADA A INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA TIPO II: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. Revista Pulmão, 33(3), 1. Recuperado de https://revistapulmaorj.sopterj.com.br/index.php/ojs/article/view/80

Edição

Seção

Suplementos PNEUMO-IN-RIO 2025