DOENÇAS PULMONARES RELACIONADAS A POLUIÇÃO DO AR

UM DESAFIO ATUAL PARA A SAÚDE PÚBLICA

Autores

  • Fernanda Patricio da Silva UNIGRANRIO
  • Liz Gomes Da Silva Lutterbach UNIVERSIDADE UNIGRANRIO AFYA
  • Roberto Alexandre Lima Leal UNIVERSIDADE UNIGRANRIO AFYA
  • Gabriel Forastieri Pinto UNIVERSIDADE UNIGRANRIO AFYA
  • Cindy Deluca Ferreira Da Silva UNIVERSIDADE UNIGRANRIO AFYA

Palavras-chave:

Poluição Ambiental, Saúde Publica, Doenças Pulmonares, Saúde Pulmonar

Resumo

Introdução: As doenças pulmonares relacionadas à poluição do ar e às mudanças climáticas representam um desafio crescente para a saúde pública global. A exposição a poluentes atmosféricos, especialmente às partículas finas inaláveis (PM2,5), está associada a diversas doenças respiratórias, como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), infecções respiratórias e câncer de pulmão. A inalação de PM2,5 pode desencadear exacerbações agudas dessas doenças e, a longo prazo, contribuir para o desenvolvimento de neoplasias pulmonares e aumento da mortalidade por causas respiratórias. Objetivo: Analisar a relação entre poluição do ar, mudanças climáticas e doenças pulmonares, focando nos impactos respiratórios da exposição a poluentes ambientais e ocupacionais. Método: Revisão bibliográfica baseada em artigos científicos, publicações institucionais e diretrizes internacionais das bases PubMed, Scielo e LILACS, abordando os efeitos da poluição atmosférica e ocupacional na saúde pulmonar. Resultados: O sistema respiratório é particularmente vulnerável a poluentes como material particulado (MP), ozônio, óxidos de nitrogênio, dióxido de enxofre e monóxido de carbono. O PM2,5 destaca-se pela forte associação com doenças respiratórias. Esses poluentes provêm principalmente de atividades humanas, como transporte, indústria, queima de combustíveis fósseis, uso de biomassa e incêndios florestais. A poluição do ar é uma das principais causas de câncer de pulmão, mesmo em não fumantes. Estima-se que 99% da população mundial esteja exposta a níveis de poluentes acima dos limites recomendados pela OMS, o que resulta em cerca de 6,7 milhões de mortes anuais atribuíveis à poluição do ar ambiente e doméstico. Atualmente, a poluição atmosférica é o segundo maior fator de risco para o câncer de pulmão, responsável por 19% das mortes relacionadas à doença. O PM2,5 representa a maior fração da poluição do ar e está fortemente ligado ao aumento do risco de câncer pulmonar. Um aumento de 10 μg/m³ nos níveis de PM2,5 pode elevar a mortalidade por câncer de pulmão entre 15% e 27%.A exposição precoce à poluição atmosférica é especialmente preocupante na população pediátrica, pois compromete o desenvolvimento adequado da função pulmonar, podendo causar repercussões duradouras na vida adulta. Além disso, a exposição ocupacional a agentes como amianto e sílica cristalina continua relevante na etiologia de doenças pulmonares graves, incluindo asbestose, silicose, mesotelioma maligno e câncer de pulmão. Conclusão: Diante do impacto significativo da poluição ambiental e das mudanças climáticas sobre a saúde pulmonar, é fundamental integrar esses temas às estratégias de prevenção, diagnóstico precoce e manejo das doenças respiratórias. Políticas públicas intersetoriais devem ser fortalecidas para mitigar a poluição e proteger a saúde respiratória da população.

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Publicado

2025-11-12

Como Citar

Patricio da Silva, F., Gomes Da Silva Lutterbach, L., Lima Leal, R. A., Forastieri Pinto, G., & Deluca Ferreira Da Silva, C. (2025). DOENÇAS PULMONARES RELACIONADAS A POLUIÇÃO DO AR: UM DESAFIO ATUAL PARA A SAÚDE PÚBLICA. Revista Pulmão, 33(3), 1. Recuperado de https://revistapulmaorj.sopterj.com.br/index.php/ojs/article/view/222

Edição

Seção

Suplementos PNEUMO-IN-RIO 2025