FRAGILIDADE EM PACIENTES COM DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS

DESEMPENHO NO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS É MAIS EFETIVO NA ESTRATIFICAÇÃO FUNCIONAL

Autores

  • Veronica Garcia Tavares Laboratório de Investigação em Avaliação e Reabilitação Pulmonar - LIRP/UFRJ
  • Thalita Pavanelo Soares Instituto de Doenças do Tórax - IDT/ UFRJ
  • Karina Gomes Rocha Carneiro Laboratório de Investigação em Avaliação e Reabilitação Pulmonar - LIRP/UFRJ
  • Luiz Carlos de Paula Junior Laboratório de Investigação em Avaliação e Reabilitação Pulmonar - LIRP/UFRJ
  • Nina Rocha Godinho dos Reis Visconti Instituto de Doenças do Tórax - IDT/ UFRJ
  • Nadja Polisseni Graça Instituto de Doenças do Tórax - IDT/ UFRJ
  • Michelle Cailleaux-Cezar Instituto de Doenças do Tórax - IDT/ UFRJ
  • Alessandra Choqueta de Toledo Arruda Laboratório de Investigação em Avaliação e Reabilitação Pulmonar - LIRP/UFRJ

Palavras-chave:

Fragilidade, Capacidade funcional, Doenças respiratórias crônicas

Resumo

Introdução: As doenças respiratórias crônicas estão associadas à fragilidade, afetando negativamente a funcionalidade e a qualidade de vida. Entender essa relação é fundamental para direcionar pesquisas e avanços no tratamento dessa população. Objetivo: Avaliar o perfil funcional de pacientes com doenças respiratórias crônicas classificados como frágeis. Métodos: Estudo clínico transversal realizado no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ (CAAE 58600122500005257, CAAE 69648323200005257 ), no qual foram recrutados 26 pacientes com doenças respiratórias crônicas (doença pulmonar obstrutiva crônica, n=19; doença pulmonar intersticial, n=7), classificados como: não frágeis (NF = 15 %), pré frágeis (PF = 38 %) e frágeis (F = 46 %) de acordo com o Simple Frailty Questionnaire. Foram avaliados: Mini exame do estado mental, teste de caminhada e do degrau de seis minutos (TC6M e TD6M), escala de dispneia do Medical Research Council modificado, Fatigue severity scale, Saint George's Respiratory Questionnaire e Depression Anxiety and Stress Scale. Resultados: Pacientes frágeis apresentaram pior desempenho no TC6M (p=0,04), sem diferença estatisticamente significativa no TD6M, e menor força de preensão manual comparados àqueles com pré-fragilidade (p=0,04). Houve forte correlação positiva entre o TC6M e TD6M nos indivíduos do grupo F e PF (r=0,80 e 0,77; p<0,01 e p<0,05, respectivamente). A dispneia e fadiga não diferiu entre os grupos PF e F, e a qualidade de vida foi igualmente reduzida. Sintomas de depressão tiveram correlação negativa com a força de preensão manual. Conclusão: Os resultados mostraram alta prevalência de estados de fragilidade em indivíduos com doenças respiratórias crônicas e essa interação está associada com a redução da capacidade funcional e força muscular. Os resultados sugerem também que o TC6M pode ser mais sensível para diferenciar os níveis de capacidade funcional entre esses dois estágios de fragilidade no contexto dessa população.

Downloads

Publicado

2025-11-12

Como Citar

Garcia Tavares, V., Pavanelo Soares, T., Gomes Rocha Carneiro, K., de Paula Junior, L. C., Rocha Godinho dos Reis Visconti, N., Polisseni Graça, N., … Choqueta de Toledo Arruda, A. (2025). FRAGILIDADE EM PACIENTES COM DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS: DESEMPENHO NO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS É MAIS EFETIVO NA ESTRATIFICAÇÃO FUNCIONAL. Revista Pulmão, 33(3), 1. Recuperado de https://revistapulmaorj.sopterj.com.br/index.php/ojs/article/view/216

Edição

Seção

Suplementos PNEUMO-IN-RIO 2025